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Vida de empreendedor: o que acontece ao embarcar nessa jornada?
7 de julho de 2022
5 min de leitura
Paula Ferraz de Lima
A expressão espírito empreendedor costuma ser usada para se referir a pessoas que, com o tempo, prosperaram em seus negócios em virtude de suas qualidades individuais e preparo.
Nesse sentido, ser empreendedor é um pouco diferente de empreender. Segundo o dicionário Priberam, empreender significa “dar princípio a uma empresa”. Ou seja, é algo que todos estão capacitados a fazer, independentemente de qualificação.
Essa é a principal diferença entre as pessoas que são empreendedoras e as que não são. As primeiras lidam com os desafios de um negócio, enquanto as outras ficam pelo caminho por não estarem preparada. Complexidades administrativas, problemas de fluxo de caixa, sobrecarga de trabalho, dúvidas… Não faltam obstáculos e a estrada empreendedora está repleta de obstáculos.
Especialmente no Brasil, em que manter uma empresa é sempre um desafio, tornar-se um empresário de verdade demanda tempo. Só é possível conduzir uma empresa quando você investe em determinadas questões. Neste posts vamos mostrar o que muda e quais diferenciais são importantes ao longo de uma jornada empreendedora. Vamos lá?
Ser um empreendedor significa ser alguém que assume desafios. Também significa que você é um solucionador de problemas. Saber o que está por vir é metade do caminho.
1. Gestão de pessoas
Um dos desafios que fazem parte da rotina de um empreendedor é encontrar meios de gerir pessoas. Um estudo da Endeavor listou os maiores obstáculos enfrentados pelos empresários e, em primeiro lugar, está a gestão de pessoas.
De fato, não é nada fácil ter que se habituar a resolver problemas que, em condições normais, não nos afetariam de forma alguma. Folha de pagamento, ausência e motivação de equipes são apenas alguns dos elementos que fazem do RH um dos mais complexos setores em um negócio, independentemente de seu tamanho.
A saída para tornar a gestão do capital humano menos pesada, conforme o estudo também aponta, é investir na formação de líderes. Não é por acaso, já que essa é a segunda prática de boa gestão menos utilizada pelos empresários entrevistados para gerir suas equipes.
2. Burocracia
Embora avanços como o Simples Nacional e a criação da categoria Microempreendedor Individual (MEI) tenham facilitado a vida de quem empreende no Brasil, a burocracia ainda representa uma barreira.
No ranking Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil aparece em uma preocupante 124ª posição no quesito “facilidade para fazer negócios”. Estamos atrás de países como Uganda, Ilhas Salomão e Gana no que diz respeito ao acesso ao ambiente de negócios.
Suavizar a carga burocrática demanda um grande esforço. Para tornar a tarefa menos complicada, a solução é não tentar resolver tudo sozinho. Contadores, especialistas em tributação e rotinas fiscais podem tornar a vida de uma empresa menos difícil. Ao não esperar o problema aparecer, pode-se evitar que a burocracia prejudique o seu negócio.
3. Finanças
O empreendedorismo por necessidade é apontado como uma das causa de fechamento de empresas no Brasil, como aponta estudo do Sebrae. Quando a empresa é aberta como meio de subsistência, é comum colocar a preparação em segundo plano.
Acontece que negócios abertos sob essa perspectiva tendem a minguar em médio e longo prazo caso o empreendedor não invista em formação e, principalmente, na gestão das finanças.
Sendo assim, controlar os custos e os lucros resultantes é imprescindível, considerando que:
Toda empresa precisa de capital de giro e do controle de fluxo de caixa;
Quem não investe não cresce e tende a perder espaço;
Sem preparo, empresários amadores confundem finanças pessoais com as do negócio.
Existem softwares de gestão financeira que podem ser utilizados como ferramenta para controle das finanças, pelo menos em uma etapa inicial. Acredite: a gestão das finanças vai muito além de pegar a calculadora no começo do mês para saber quanto você vai gastar com a empresa.
4. Vendas e marketing
A divulgação boca a boca é e sempre será uma das melhores maneiras de atrair público. Mas o que acontece quando a conjuntura econômica reduz o consumo, seja pela inflação, seja pelo desemprego?
Tudo depende de quanto você investe em vendas e marketing, elementos indispensáveis e sempre desafiadores. Considere que as empresas brasileiras já estão atentas a isso. Você, empreendedor em transformação, deve se antecipar e investir o quanto antes em conteúdo e redes sociais como motores de desenvolvimento.
5. Inovação
Outro desafio que já faz parte da rotina de quem empreende é manter seus produtos e serviços alinhados aos avanços na tecnologia. Desenvolver conceitos e ferramentas como Machine Learning, Internet das Coisas (Iot) e sistemas ERP passa a ser fundamental para a tomada de decisão.
Conclusão
Todos os empreendedores estão, um dia ou outro, sobrecarregados pelo peso da responsabilidade em seus ombros. E mesmo que seja parte do processo, às vezes pode ser difícil de gerenciar e muitos caem no caminho porque pensam erroneamente que o problema vem deles.
Agora, você sabe quais são e como manter-se longe dos principais desafios enfrentados por quem deseja abrir o próprio negócio. Quem deseja de fato se tornar um empreendedor deve ter a tecnologia como aliada número um. Para isso, mais uma vez, destacamos que o apoio de especialistas é imprescindível.
Paula Ferraz é formada em Jornalismo pela universidade Estácio de Sá. Com mais de 10 anos de experiência como empresária, escreve artigos voltados para esse tema desde 2012. Desde cedo, demonstrou interesse por pequenos negócios e por tudo o que está relacionado ao cenário empreendedor.