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É Possível Lucrar com o Negócio de Venda de Cachorro-Quente?
24 de janeiro de 2025
5 min de leitura
Paula Ferraz de Lima
Muitas pessoas se perguntam se o negócio de venda de cachorro-quente é realmente lucrativo. Afinal, a combinação de baixo investimento inicial e alta demanda faz com que esse mercado seja uma alternativa para empreendedores.
Mas será que é possível transformar essa ideia em um empreendimento rentável e ganhar a vida com isso?
Este artigo explora as possibilidades, desafios e estratégias para transformar essa aparente simplicidade culinária em um negócio lucrativo.
O Potencial de Lucro
Sim, vender cachorro quente pode ser bastante lucrativo. De acordo com pesquisas e relatos de empreendedores na área, é possível gerar uma receita significativa, com alguns relatando faturamentos mensais que superam os R$ 10 mil mensais. No entanto, o lucro líquido depende de fatores como a localização do ponto de venda, a qualidade dos produtos oferecidos, as estratégias de marketing adotadas e a eficiência no gerenciamento de custos.
Margem de Lucro e Potencial de Faturamento
O cachorro-quente é conhecido por proporcionar uma boa margem de lucro. O custo médio de produção de uma unidade (incluindo pão, salsicha, molhos e acompanhamentos básicos) costuma ser inferior a R$ 3,00. Já o preço de venda pode variar entre R$ 8,00 e R$ 15,00, dependendo da região e do público. Isso significa que cada unidade vendida pode gerar uma margem de lucro superior a 100%.
Agora, se você consegue atender 100 clientes em um dia movimentado, o faturamento pode facilmente alcançar R$ 1.000,00 ou mais. Claro, dias mais fracos terão um impacto, mas manter a consistência é o melhor segredo para que você possa equilibrar os resultados.
Diferenciais que Aumentam o Lucro
O diferencial no produto pode ser decisivo para atrair e manter clientes. Cachorros-quentes gourmet, com molhos especiais, salsichas artesanais ou opções vegetarianas, ajudam a ampliar a faixa de público atendido e também permitem preços mais altos. Além disso, criar combos com bebidas ou sobremesas pode aumentar o ticket médio por cliente.
Outra estratégia é a personalização. Permitir que o cliente escolha os ingredientes pode adicionar mais valor ao produto, aumentando a satisfação e ainda reduzindo os desperdícios.
Custo-Benefício e Controle de Gastos
Embora o negócio de cachorro-quente exija pouco capital inicial, o lucro depende de uma boa gestão financeira. Controlar os custos fixos (como aluguel de ponto ou manutenção de equipamentos) e variáveis (como compra de insumos) é essencial para garantir que o lucro seja bastante maximizado. Comprar em atacado e negociar com fornecedores pode gerar economias significativas.
Além disso, reduzir desperdícios é muito importante. Planeje as quantidades de insumos com base no volume médio de vendas e, ao final do dia, utilize promoções para escoar o estoque restante.
Fatores que Impactam os Resultados
O faturamento e o lucro podem variar conforme alguns fatores:
Localização: Locais com grande fluxo de pessoas garantem uma base sólida de clientes por mais tempo.
Concorrência: Se há muitas opções na área, investir em qualidade e diferenciais é indispensável.
Clima e sazonalidade: Dias chuvosos ou horários de baixa movimentação podem afetar as vendas, mas realizar vendas por aplicativo e promoções criativas ajudam a atrair clientes mesmo nessas situações.
Atendimento: A experiência do cliente conta muito. Um bom atendimento pode fidelizar o público e gerar indicações.
Investimento Inicial e Custos
Para iniciar um negócio de cachorro quente, o investimento inicial pode variar de R$ 1.000 a R$ 5.000 para um carrinho básico até valores mais altos para estruturas mais complexas como trailers ou até mesmo lanchonetes fixas. Os custos incluem não só o equipamento e os ingredientes, mas também as licenças para vender na rua, o alvará de funcionamento e a regularização sanitária.
Inserção em Plataformas como iFood
Uma maneira eficaz de aumentar as vendas e a visibilidade do seu negócio é utilizar plataformas de delivery como o iFood. A adesão ao serviço pode abrir novas oportunidades ao conectar o negócio a um público mais amplo, especialmente aqueles que preferem comodidade ao consumir alimentos.
Embora o cadastro na plataforma tenha custos, como uma taxa de adesão inicial e comissões sobre as vendas (geralmente entre 18% e 27%, dependendo do plano escolhido), os benefícios podem compensar. A inclusão no iFood permite oferecer todos os seus produtos sem a necessidade de um ponto físico movimentado, ampliando as vendas em horários de baixa demanda no local físico.
Exemplo de Caso de Sucesso
Há exemplos de empreendedores que começaram pequenos e expandiram os seus negócios de cachorro quente para múltiplos pontos de venda, como o caso de Erica Almeida Bvanut, que ganhou R$ 10 mil mensais com o seu trailer de hot dogs. A história dela mostra que com dedicação, um ponto estratégico escolhido a dedo e uma receita que agrada aos clientes, é possível não apenas subsistir, mas prosperar.
Paula Ferraz é formada em Jornalismo pela universidade Estácio de Sá. Com mais de 10 anos de experiência como empresária, escreve artigos voltados para esse tema desde 2012. Desde cedo, demonstrou interesse por pequenos negócios e por tudo o que está relacionado ao cenário empreendedor.