Para abrir uma banca de jornal você precisa conhecer os fornecedores e distribuidores de jornais e revistas, capital suficiente para cobrir os custos de abertura e uma licença. Uma ideia criativa que ajuda sua banca a se destacar da concorrência pode ajudá-lo a prosperar em um negócio bastante competitivo.
Abrir uma banca de jornal não é uma atividade que exige pouco investimento inicial. No entanto, fazendo a coisa certa, pode gerar muito lucro para o empreendedor. Com muita organização, um bom olho para analisar a clientela e disposição para acordar cedo, as bancas podem ser um bom negócio.
Confira o artigo que preparamos e descubra algumas dicas e principais passos para montar uma banca de jornal de sucesso.
Se você deseja se tornar um jornaleiro, precisa entender que as bancas de jornal são a última etapa da cadeia de produção e distribuição dos produtos de jornalismo impresso e editoriais. No Brasil as bancas são geralmente abertas em ruas, praças ou em locais públicos de grande circulação, como aeroportos e terminais rodoviários. É um negócio destinado à venda de jornais, revistas, periódicos e muitas vezes de produtos e itens de interesse local.
As bancas de jornal são concessões expedidas pelas administrações regionais da prefeitura de sua cidade. Para saber se existem pontos disponíveis, consulte o Diário Oficial do Município ou vá até uma das regionais. O procedimento é necessário porque cada cidade ou município pode ter as suas próprias regras para a abertura de uma banca de jornal.
Geralmente, as prefeituras abrem uma licitação para determinar quem fica com o ponto. O interessado precisará atender aos requisitos estabelecidos no procedimento licitatório. No entanto, em muitos casos, o concessionário não precisa abrir uma empresa para ter uma banca, basta se registrar como jornaleiro, que é um profissional autônomo.
Embora seja possível abrir uma empresa, o jornaleiro(a) independente pode atuar como proprietário de bancas de jornais e revistas. Para fazer isso, ele pode optar por ser MEI (Microempreendedor Individual).
Para exercer a atividade de MEI jornaleiro independente, o microempreendedor precisa atuar sobre o CNAE 4761-0/02 – Comércio varejista de jornais e revistas.
Embora seja uma facilidade para quem deseja vender jornais e revistas por conta própria, a escolha também possui alguns empecilhos. Você não poderá utilizar o registro para montar uma livraria, já que não é possível exercer a atividade de comércio varejista de livros e comércio varejista de artigos de papelaria com está CNAE.
Também é possível comprar o ponto de uma banca já estabelecida. Neste caso, você e o dono do ponto devem ir à administração regional para registrar a transferência da concessão e comunicar a troca de dono para as distribuidoras de revistas. Nas grandes cidades, comprar o ponto é a maneira mais rápida de se conseguir ter uma banca aberta em pouco tempo, já que raras são as licitações.
O próximo passo é se cadastrar nas distribuidoras de revistas e jornais. Embora seja necessário uma pesquisa, você pode começar a sua busca pelas maiores distribuidoras do país.
Mas se por acaso a revista ou o jornal que você procura não estiver na cartela de publicações delas, basta procurar no site da própria revista ou jornal o contato de distribuição.
As principais editoras possuem um serviço exclusivo de atendimento ao jornaleiro, com número de telefone e e-mail para contato. Com o endereço de sua banca estabelecido, as distribuidoras devem fazer um estudo levantando o número de bancas perto de você e a quantidade de pessoas que passam por seu ponto para determinar uma cota de revistas e jornais.
Esse número costuma ser bem pequeno quando você está começando o empreendimento. Em todo caso, você poderá negociar com as distribuidoras para aumentar o número de exemplares em sua banca. Quando você recebe as revistas em consignação, a distribuidora determina quando você deve devolver as que não foram vendidas. Você deve ficar de olho nos prazos para não ter prejuízos com o que não for vendido.
O investimento inicial de uma banca de jornal não é muito alto porque o principal produto, as revistas e os jornais, você pega com as distribuidoras em regime de consignação, ou seja, você só paga quando vender. O seu lucro costuma ficar em torno de cerca de 30% do preço de capa das revistas e dos jornais. Em média, uma banca pequena fatura mensalmente R$ 3 mil. O retorno do investimento vem em pelo menos dois anos.
Uma banca pequena tem em média 3m x 1,5m. Para comprar uma banca nova, você gasta cerca de R$ 50 mil. Para reformar uma usada, você gasta a partir de R$ 5 mil. Se você vai comprar um ponto de alguém, geralmente ele é vendido pelo rendimento bruto da banca multiplicado por três.
Se você deseja montar uma banca de jornal nova, precisará contratar uma empresa especializada. Geralmente, mesmo as bancas mais simples são fabricadas com 2 ou 4 cantos, com ventilador no teto e isolação térmica.
Além disso, você precisará de um computador para fazer o caixa e gestão da loja, gaveta para teclado, vitrine interna e externa, mesa de serviço, local para expositor de conveniências, prateleira e local para venda de encartelado.
O preço de uma banca de jornal nova pode variar bastante, de acordo com o projeto apresentado, tamanho e materiais utilizados. Alguns fabricantes e fornecedores de bancas de jornal novas são:
http://kitlarbancas.com.br
http://www.horizontebancas.com.br/
http://www.wsita.com.br
http://www.canovabancas.com.br/
http://www.vanzillotta.com.br/
Como alternativa, você também pode procurar uma empresa de arquitetura, que desenvolverá um projeto exclusivo para a sua banca, de acordo com metragem e limitações de espaço. Caso seja necessário, ela também poderá se encarregar da reforma.
Gostar de acordar cedo é praticamente uma exigência para quem quer ter uma banca, pois as distribuidoras de revistas abrem as portas às 5 da manhã. É preciso ter logo as revistas porque grande parte dos clientes passam cedo para comprar o jornal do dia.
Abrir uma banca perto de uma padaria, de uma escola e de vários estabelecimentos comerciais pode ser uma boa alternativa. Durante o dia a rua deve ser bem movimentada, caindo o movimento por perto das 19 horas.
Já um empreendedor que deseja abrir uma banca em um shopping começa seu dia mais tarde, às 10 horas, mas só encerra às 22 horas, quando fecha o shopping. Ter uma banca em shopping é bom pela segurança e porque tem movimento o dia todo, mas você tem que estar preparado para arcar com os custos e trabalhar todos os dias do ano.
Sendo um empreendedor MEI é possível ter um funcionário, que pode abrir a banca enquanto você pode ir pessoalmente até as distribuidoras para pegar as revistas. Já uma banca maior também precisa de uma equipe maior, já que precisa de funcionários para se revezarem nos finais de semana e feriados.
Se você conseguiu uma banca por meio de licitação, não tem como escolher o endereço exato. A solução é estudar bastante a clientela para acertar na variação de produtos que seu estabelecimento vai revender.
Antes de abrir o espaço no shopping, pode-se estudar os clientes, contando quantas pessoas passavam para ter uma ideia do movimento.
A dica é observar o que tem ao redor de seu ponto. São escolas? Tenha sempre figurinhas e revistas em quadrinhos para as crianças. São idosos? Ofereça revistas de crochê, receitas e fofocas. Além de determinar quais produtos oferecer, você ainda descobre os horários de maior movimento só de pesquisar um pouco a região do seu negócio.
Depois de descobrir como ele é, você tem que saber lidar com o seu público. Numa banca você vai atender clientes de todos os tipos: dos apressados a aqueles que querem ter um atendimento diferenciado. Isso é muito importante, você tem que atrair o cliente para a sua banca, ou ele vai optar por fazer assinatura das revistas pela Internet.
Finalmente, cuide da apresentação da sua banca. Nada de distribuir revistas aleatoriamente, elas devem estar bem organizadas. Os clientes não devem ter problemas para encontrar ou alcançar as revistas. Por exemplo, as infantis podem ficar na parte de baixo, mais perto das crianças.
Uma outra boa ideia é variar um pouco o lugar de cada revista para que os clientes vejam as últimas novidades. E seja rigoroso com a aparência de seu negócio.
A banca deve estar sempre limpa, bem iluminada e atraente para os clientes.
Vivemos em um mundo competitivo, em que podemos comprar revistas pela internet ou supermercados. Por que o cliente vai escolher um banca de jornal? Essa é uma pergunta que todo jornaleiro tem que se fazer e, a partir dela, buscar um diferencial no atendimento da banca de jornal.
Mesmo que o principal lucro das bancas sejam mesmo das revistas, isso não significa que você não possa pensar em alternativas criativas para conseguir ampliar seus rendimentos.
Se passam muitos passeadores de cachorros perto da banca, ofereça acessórios para pets ou até mesmo o serviço de registro geral do animal. Por exemplo, pode-se cobrar uma pequena taxa para informar o cliente sobre os benefícios do serviço, recolher as informações do cão e entregar o documento aos donos junto com uma placa identificadora.
Outra alternativa é fazer a revenda de doces, balas e selos. Geralmente, ao lado das distribuidoras de revistas tem sempre vendedores com ideias de fontes de renda extra para jornaleiros.
No final do ano, pode-se vender luzes de natal. Se tiver um telefone público perto da banca, venda cartões. Não tem orelhão perto? Então ofereça chip de celular de todas as operadoras de sua cidade.
Outras dica para atrair mais público para a banca é oferecer produtos colecionáveis, os colecionadores procuram produtos físicos como miniaturas de automóveis, por exemplo. Perto de colégios e faculdades é bom ter uma máquina de xerox. Em dias de chuva, venda guarda-chuvas. Pagamentos de contas e boletos e recargas de celular também são opções para incrementar a renda mensal.
Percepção, organização e criatividade. Munido dessas três alternativas, a sua banca tem tudo para se tornar o ponto de encontro do bairro. A chave para uma banca de jornal bem-sucedida e rentável é a diversificação. Mãos à obra e bons negócios!
